QUESTIONÁRIO
- Como se processa uma execução de fazer baseada em título judicial?
Trata-se de cumprir o que foi determinado na
sentença, já que é continuação de um processo sincrético.
Assim, o juiz concederá a tutela específica da obrigação ou
determinará providências que assegurem o resultado prático
equivalente ao adimplemento.
- Quando deve ocorrer a conversão em perdas e danos?
Ocorrerá se o autor requerer ou quando impossível
a tutela específica ou resultado prático correspondentes.
Inclusive, poderá ocorrer sem prejuízo da multa pelo
inadimplemento.
- Quando será possível em uma execução que um terceiro cumpra a obrigação? quem arcará com a despesa?
Nas obrigações de fazer fundada em título
executivo extrajudicial de natureza fungível, é possível que um
terceiro cumpra a obrigação às custas do devedor, se o credor
assim o quiser.
- Em que consiste uma execução de obrigação de não fazer?
Quando o devedor faz aquilo que deveria se abster
caberá ação de execução de não fazer, para que desfaça o que
foi indevidamente feito. O juiz citará o devedor para desfazer em
prazo assinalado pelo juiz, se não puder ser desfeito resolverá em
perdas e danos, com prévia liquidação. Caso possa ser desfeito e o
devedor não cumpra a determinação o credor pode requerer o
desfazimento à custa do devedor ou converter em perdas e danos, de
qualquer forma observa-se o procedimento para obrigação de fazer.
- Quais as espécies de entrega de coisa na execução?
A entrega de coisa pode ser de coisa certa e
incerta.
- Na execução título judicial para entrega de coisa certa, o que acontece se a coisa não for entregue?
Não sendo entregue a coisa no prazo fixado, será
expedido em favor do credor mandado de busca e apreensão, para coisa
móvel, ou de imissão na posse para coisa imóvel.
Poderá ser convertida em perdas e danos, sem
prejuízo de multa, se o autor a requerer ou se tornar impossível a
tutela específica ou a obtenção de resultado prático equivalente.
O juiz pode ainda determinar medidas necessárias
para obtenção da tutela específica ou do resultado prático
equivalente, tais como multa por atraso, busca e apreensão, remoção
de pessoas e coisas, desfazimento de obras e impedimento de atividade
nociva, se precisar com força policial.
- Na execução para entrega de coisa certa fundada em título executivo extrajudicial qual o prazo para entregar ou depositar a coisa?
Serão de 10 dias o
prazo para entrega da coisa.
- O que é o incidente de impugnação da escolha dentro de uma execução para entrega de coisa incerta?
É uma impugnação interposta pela parte quando
esta não concordar com a escolha da coisa feita pela outra parte. O
legitimado ativo é quem não escolheu e é competente o próprio
juiz da execução. Deve ser interposta no prazo de 48h após a
citação ou a indicação da coisa, a impugnação suspende o prazo
de 10 dias para entrega ou depósito da coisa.
- De que modo se executa um título judicial?
A execução de
um título judicial constitui a fase de cumprimento de sentença,
nela o juiz, independente
de requerimento do autor, determinará
as providências para assegurar o resultado da ação,
fixará
prazo para cumprimento espontâneo da sentença; caso não seja
cumprido poderá se valer dos meios de coerção para
pressionar o demandado:
multa, busca e apreensão, remoção de pessoas e coisas,
desfazimento de obras, impedimento de atividade nociva.
Admite-se recurso sem efeito
suspensivo.
- Existe alguma sanção para o devedor que não cumpre a sentença onde o juiz fixou obrigação de pagar quantia?
Caso não efetue o pagamento no prazo de 15 dias,
incorrerá em multa de 10% acrescido ao montante da condenação. A
requerimento do credor, com o demonstrativo do débito atualizado até
a data da propositura da ação, expedir-se-á mandado de penhora e
avaliação.
- Por qual motivo a execução por quantia certa contra devedor solvente é chamada de "execução por expropriação"?
É chamada de
expropriação porque o devedor tendo bens para adimplir a obrigação
não o faz, assim o Estado se sub-roga no direito do credor e utiliza
a expropriação a fim de garantir o cumprimento da obrigação, pode
ser por adjudicação do bem, por alienação particular ou em hasta
pública ou mediante outorga de usufruto de bem móvel ou imóvel.
- Defina arresto no processo de execução
Trata-se de um
incidente no processo de execução, como medida protetiva, cabível
quando o executado não é localizado mas o oficial de justiça
encontra bens que garantam o débito (art. 653) para futura execução
a fim de evitar que o devedor dilapide seu patrimônio antes de
satisfazer o credor. Esses bens ficam depositados e posteriormente
serão convertidos em penhora.
- Qual o objetivo da penhora?
A penhora é o ato preparatório da expropriação
de bens, constituída por determinação judicial, é ato essencial
do processo de execução. Por meio dela seleciona-se os bens do
devedor, que ficarão sob guarda de um depositário. Não é mais
requisito para embargos. Ela ainda assegura ao credor o direito de
preferência sobre os bens
- É possível substituir bem penhorado?
Nos termos do art.
656, é possível a substituição do bem penhorado, a requerimento
de qualquer das partes em qualquer tempo enquanto não realizada a
expropriação. O juiz só pode deferir quando houver desobediência
à ordem legal no art. 655; quando a nomeação não versar sobre os
bens designados na lei, contrato ou ato judicial para o pagamento;
havendo bens no foro da execução, outros hajam sido nomeados;
havendo bens livres e desembaraçados, a penhora recair sobre outros
que não o sejam; os bens não gozarem de liquidez; se fracassada a
tentativa de alienação do bem; o devedor não indicar o valor dos
bens ou omitir qualquer das indicações do parágrafo único do art.
668.
Poderá ainda o
executado requerer substituição quando não haja prejuízo ao
exequente e a substituição proporcione uma execução menor
onerosa ao devedor.
- Quem é o depositário e quais suas responsabilidades?
É aquele nomeado pelo
juiz, aquele incube a guarda e a conservação do bem, imóvel ou
móvel. Ele não tem a posse do bem que lhe é entregue. Tem a
obrigação de devolver o bem quando o juiz determinar, não cabe
mais a prisão do depositário infiel. Sempre que solicitado, ele
deve prestar contas da administração do bem, se por culpa ou dolo
causar dano a coisa poderá ser demandado, em ação próprio, para
ressarcimento.
- Defina praça e leilão
São maneiras de ocorrência da hasta pública. A
praça ocorre quando houver, entre os bens penhorados, algum imóvel,
deve ser realizada no átrio do edifício do fórum; já o leilão,
quando forem todos bens móveis, é realizado onde estiverem os bens
ou no lugar designado pelo juiz.
- Quem é o licitante remisso?
Licitante remisso é aquele que não faz o
depósito prometido do preço no prazo de 15 dias, caso em que o juiz
lhe imporá a perda da caução e o proibirá de participar de nova
praça ou leilão.
Bons estudos!
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